Acordou no ambulatório da empresa, com o doutor Mariano o olhando de um jeito esquisito. Silvinho ganhou do médico um remédio e a dispensa daquele dia.
Antes de ir embora, passou no escritório. Lígia botou a mão na testa do adulador com cara de preocupação. "Você está com febre", disse a ele, com Pepa ao lado. Deu uma piscadela malvada, sem que a chefe percebesse. Os outros colegas riram.
Silvinho chorou e emitiu um gemido longo. Em seguida, subiu mesmo na mesa e gritou alguma coisa sobre justiça dos homens, mas com a voz misturada ao desespero, ninguém entendeu nada. Depois foi embora. Todos riram mais uma vez.
"O Silvinho vai fazer falta. Uma pena que o trem pegou", lamentou Pepa no dia seguinte.
Pepa acabou demitida meses depois pelo sr. Ronaldo, o dono da companhia de esterco. Um email de Lígia relatava o desvio de carregamentos de estrume por anos a fio. A estagiária rapidamente passaria a mandar em todo mundo.
Mariana, a funcionária tida como patrimônio da empresa - trabalhava no lugar havia 10 anos mesmo após sucessivas demissões em massa - passou a dar risada em alto volume junto com a garota, além de reparar melhor nas suas modernas camisetas GG.
FIM
* realmente não tenho criatividade. essa novelinha me encheu o saco. não consegui dar outro fim, embora o assunto talvez rendesse mais um pouco. era só uma questão de adaptar e juntar certas histórias que eu vi.
"Forasteiros", o livro
Há 2 anos
4 comentários:
Porra...
Eu tava acompanhando a história.
Acabou?
Comece outra entao, Nicka!
Eu estava acompanhando também...
Ei Mitiko, faz uma história da família !!!
Vou ficar no aguardo, abcs...
Boa, Tetchu!
Uma história da família, a la Nominata... Na verdade, juntando o estilo geral dos seus textos, Nicka!
Falou...
poxa! faça outra historinha tava legal acompanhar
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